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Se não consegue me ter. Então, me deixe.

 

Me deixe.

Eu blefei com você, eu sei. Fingi dar conta de entrar nessa sem me importar

E naquele poço no qual estava, só gritei por socorro

Atendi ao teu chamado, mas blefei

Você agiu com educação, somente isso, ou estou errada e eu confundi tudo? 

Me senti especial de novo

Que tola.

Abri meus braços, me dei espaço, te dei espaço, senti, esperei, agi, demonstrei

Foi esse o meu erro?

Blefei.

Tentei ser de pedra, tentei viver o momento, tentei ser duas pessoas, mas perdi o jogo

Eu tentei voltar atrás e tirar minhas máscaras, eu tirei

Você viu a minha verdadeira face, mesmo me escondendo nas sombras

Eu disse que ninguém me entende, ninguém me compreende

Poxa vida, será que vai ser assim para sempre?

Estou tão cansada...

Tão cansada...

Será que tenho que desistir disso?

Lá vai eu de novo cometendo o mesmo erro...

De apenas agir com o coração e ser de verdade

De aceitar e topar o teu chamado, sem medo do teu julgamento

Mas será que você me tem julgado?

Onde eu errei?

Foi ser quem eu sou?

Se não consegue me ter

Então, me deixe.


Susanne de Andrade C. Botelho

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