Por onde anda você?
Passeias onde não ando
Andas sem eu te ver
Encontra em outros encontros
Me perco de vista você
Tenho vontade de ver-te, mas não sei como acertar
Não me chamas pelo nome, não pulsa o pulsar
Por onde anda seus lábios, será que em outro
lugar?
Queria me aquietar, sigo na escrita para ver à
vontade passar.
Por onde anda seus pensamentos, que não vem me
aflorar?
Me acendo e afugento, no caos eu vou morar
Sonho dormindo acordada
Teu sorriso e tua voz ouço na madrugada
Pelos ecos do espaço soa, ecoa
Pelos arrepios da pele, sinto, a força
Explodo de vontade
Me seguro, mais uma vez
Sou uma vela em chamas ao vento
Vento de chuva forte
Sou o clarão, eu acendo
Me derreto quando existe um gesto teu
Tola de coração quente
Aqui estou eu
Imagino a gente, lugares e jeitos diferentes
Mas não exijo nada de você
Nem intensidade, nem reciprocidade
Pois isso surge, na espontaneidade
Quando me chamarás para rir ao teu lado?
Teu cheiro ainda está aqui, guardado
Mas a areia da ampulheta está por fim
Enfim
Em mim
Susanne de Andrade C. Botelho
Comentários
Postar um comentário