A Etimologia da palavra luto deriva do latim "luctus,us", com o sentido de limo, lodo. Significando dor, mágoa, lástima. No dicionário aurélio significa: sentimento de tristeza profunda pela morte de alguém; originado por outras causas; amargura, desgosto.
Contudo, o luto só terá um melhor significado quando você vivenciá-lo, ou seja, quando você passa pelo momento de perda de uma pessoa que seja próxima e íntima.
Quando uma pessoa conhecida morre, você sente pena, espanto, tristeza momentânea pelo ocorrido e/ou pelas pessoas que a perderam, ou seja, você sente compaixão, que significa: sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.
Agora o luto, só vivencia quem está próximo de quem faleceu. E a intensidade não pode ser discutida por ser um sentimento individual.
Segundo a psicologia, "o luto é o processo de readaptação da realidade sem a pessoa que se foi e é importante que o indivíduo vivencie essa experiência para aceitar a perda". E para lidar com o luto, segundo a psicanálise, "o processo que o sujeito precisa passar para elaborar o luto, envolve uma mudança nas defesas e fantasias do psiquismo, para buscar um novo equilíbrio" (Freud, 2014). Encontra-se na literatura a divisão do processo de luto por estágios, que são: a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação". Entretanto, com base em relatos pessoais, nem sempre os enlutados passam por esses estágios.
Uma das formas de reagirmos à morte é através do luto. E este momento de luto deve ser respeitado.
De acordo com a Bíblia, no livro de Isaías 57:1-2, diz que “o justo perece, e ninguém pondera isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal. Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte", e no livro de Eclesiastes 3:1–2, 4 diz que “tudo tem o seu tempo determinado”, “há tempo de nascer, e tempo de morrer (…) tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de dançar." Em outro trecho de Eclesiastes 7:2 diz que “é melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa”.
O nascer e o morrer são duas certezas que adquirimos desde muito cedo, afinal, tudo que tem vida, um dia morrerá.
É no período do luto que refletimos sobre coisas que realmente importam, como a vida em si, nas nossas ações, nas pessoas que amamos, no que plantamos e colhemos. Pois, aqueles que acreditam na eternidade, a vida não termina na morte física, pensando nisso, o luto deveria ser movido pela saudade e não por medo ou desespero.
O fato é que nunca estaremos preparados para o luto. O momento de dor é sentido e não pode ser arrancado.
Há pessoas que lidam melhor com o luto do que outras. Porém, lidar melhor, não significa não sentir.
O apoio emocional neste momento é muito importante. Ter alguém para te ajudar a atravessar este deserto, torna-se mais suportável. Então, não queira estar só. Não queira esconder o que sente, guardar só para si. E não se permita viver um luto eterno, pois você continua aqui.
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